Supermercados de São Paulo registram deflação de 0,21% em junho
A inflação acumulada no ano foi de 1,62%, o menor índice para o primeiro semestre dos últimos seis anos
O varejo alimentar em São Paulo registrou uma deflação de 0,21% em junho, segundo o Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) em parceria com a Fipe. As maiores reduções de preços ocorreram nos produtos semielaborados (-2,5%), frutas (-1,50%), verduras (-1,13%), legumes (-5,67%) e nas bebidas alcoólicas (-0,17%), o que incentivou a retração.
A inflação acumulada no ano foi de 1,62%, o menor índice para o primeiro semestre dos últimos seis anos. No período de 12 meses, a inflação desacelerou de 7,25% em maio para 5,62% em junho.
Todas as categorias de produtos analisadas no levantamento seguem a mesma tendência de desaceleração, incluindo os produtos de higiene, beleza e limpeza, que vinham apresentando aumentos contínuos nos preços desde 2020. No entanto, nos últimos meses, esses produtos mostraram uma diminuição considerável.
A consolidação do resultado de junho reforça a perspectiva projetada pela APAS para o ano de 2023. Segundo as projeções da instituição, espera-se que o índice de preços no setor supermercadista continue a desacelerar e, a menos que ocorram variações imprevistas nos cenários doméstico e internacional, encerrará o ano com o menor nível desde o início da pandemia.
A pressão inflacionária mais baixa registrada tanto pelo IPS quanto pelo IPCA, juntamente com o fraco desempenho da atividade econômica interna, especialmente o consumo das famílias, permite a redução da taxa de juros básica sem comprometer os fundamentos econômicos e a meta de inflação estabelecida para o atual ano. A APAS advoga pela iniciativa do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central de iniciar o ciclo de redução da taxa Selic já na próxima reunião.
Produtos
- Semielaborados: A categoria de produtos semielaborados apresentou deflação de 2,5% em junho de 2023. A carne bovina, frango e carne suína deflaram 1,8%, 5,05% e 2,8%, respectivamente. Os pescados ficaram relativamente estáveis (-0,1%). O leite recuou 2,42%, porém o primeiro semestre do ano, segue com o acumulado em alta de 10,9%. A subcategoria de cereais deflacionou 2,81% no mês, impulsionado pela forte redução do preço do feijão (-8,9%) e do milho, que deflacionou 2,85%. O arroz apresentou alta de 0,41%, impedindo queda ainda maior do índice.
- Industrializados: Em junho, os produtos industrializados tiveram um aumento de 0,43%. Destaque para o aumento nos preços de adoçantes, biscoitos, doces, massas, condimentos, alimentos prontos e panificados. Por outro lado, os óleos apresentaram deflação de 4,31% devido à queda no preço do óleo de soja. A safra recorde de soja refletiu nos preços, resultando em uma deflação de 24% no primeiro semestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior.
- Produtos In natura:Os preços dos produtos in natura variaram de -17,26% a 10,66% em junho de 2023. Os tubérculos tiveram o maior aumento de preço, com a batata subindo mais de 20%. Os ovos também aumentaram de preço, com alta de 1,53%. Por outro lado, legumes, frutas e verduras registraram redução de preços, com quedas de -5,67%, -1,50% e -1,13%, respectivamente.
- Bebidas: As categorias de bebidas não alcoólicas tiveram pouca variação em junho, com estabilidade de preços de 0,04%. No entanto, houve uma queda nos preços dos refrigerantes (-0,23%), suco de fruta (-0,31%) e bebida isotônica (-0,11%). Já as bebidas alcoólicas registraram um recuo de 0,17%, principalmente devido à redução nos preços das cervejas (-0,22%).
- Limpeza, higiene e beleza: Em junho, a categoria de produtos de limpeza teve inflação de 0,24%, sendo o sabão em pó o item de maior impacto, com uma deflação de aproximadamente 1% em seu preço. Já os artigos de higiene e beleza apresentaram aumento de 1,40%, impulsionado pelo sabonete e creme dental. Ambas as categorias mantêm tendências de desaceleração. Entre janeiro e junho de 2023, os produtos de limpeza acumularam alta de 3,36%, enquanto os artigos de higiene e beleza tiveram aumento de 12,32% no acumulado de 12 meses.
Fonte: Mercado&Consumo
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