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Turismo deve se preparar para a demanda do segmento de lazer em 2024

Pesquisa mostra que brasileiro vai priorizar investimentos nesse tipo de viagem

Mais da metade dos brasileiros espera investir mais em viagens de lazer nos próximos seis meses. Essa, aliás, foi a primeira necessidade apontada em pesquisa recente do Boston Consulting Group (BCG). A preferência supera outras 33 categorias, como aquisições de roupas e produtos de luxo, idas a shows e spas e compra de bebidas alcoólicas.

Na comparação global, enquanto a propensão ao crescimento de gastos com viagens de lazer ocupa o primeiro lugar (com mais de metade dos respondentes esperando aumentar seus gastos), no Japão, o item está em nono lugar; nos Estados Unidos, o 19º; e na Alemanha, o 21º.

Nos dados apresentados por Leandro Paez, sócio-diretor da BCG, em reunião do Conselho de Turismo da FecomercioSP no dia 30 de novembro, as viagens corporativas também apareceram entre as intenções de gastos. A modalidade ficou no 15º lugar da lista nacional, ainda acima de cinema e reformas de casa.

Setores de destaque 

Os setores com boas perspectivas para 2024 são:

– transporte aéreo (doméstico e internacional);

– hotéis (lazer e corporativo);

– locação de carros (corporativo);

– agências de viagens (on e offline);

– locação de carros para lazer, que deve manter estabilidade após o forte crescimento dos últimos anos.

Dicas 

O especialista Paez ressaltou três pontos cruciais que as empresas do setor de viagens e turismo devem aprimorar para aproveitar a crescente demanda. Essas diretrizes visam não apenas atender às expectativas do mercado, mas também destacar-se em um ambiente cada vez mais competitivo.

  1. Foco no Consumidor: O primeiro ponto enfatizado é a necessidade de direcionar esforços para o consumidor. Isso implica capitalizar a retomada da demanda, identificando e oferecendo serviços adequados às novas demografias e segmentos de viajantes. Exemplos incluem atender às demandas de luxo, proporcionar experiências de aventura, promover o ecoturismo e adaptar-se ao fenômeno “bleisure”, onde as pessoas combinam viagens a trabalho com lazer, especialmente aquelas que adotam o trabalho remoto.
  2. Digital e Disrupções Tecnológicas: A segunda orientação destaca a importância de abraçar a transformação digital. Isso envolve a implementação de estratégias omnicanais e personalização no atendimento ao cliente. A aplicação de tecnologias emergentes, como a Inteligência Artificial (IA), é fundamental para aprimorar a jornada de compra do viajante. Investir nesse aspecto não apenas melhora a eficiência operacional, mas também reduz os obstáculos que os clientes podem encontrar ao longo do processo.
  3. Preparação para o Futuro: O terceiro ponto salienta a importância de criar um ecossistema de parcerias de valor abrangente, envolvendo não apenas outras empresas do setor, mas também órgãos governamentais e associações. Essa abordagem colaborativa contribui para o fortalecimento do setor como um todo. Além disso, destaca-se a necessidade de atenção especial à atração e retenção de talentos nas empresas do setor de viagens e turismo. A preparação para o futuro exige não apenas adaptação tecnológica, mas também investimento nas pessoas que impulsionam o sucesso organizacional.

Ao adotar essas diretrizes, as empresas do setor estarão mais bem posicionadas para enfrentar os desafios emergentes e tirar vantagem das oportunidades que a crescente demanda oferece.

Fonte: FecomercioSP

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