A viralização dos produtos nas redes sociais tem exposto as marcas a uma necessidade urgente de revisão de processos dentro da sua cadeia de suprimentos. As mídias sociais alteraram totalmente o padrão de comportamento do consumidor, obrigando as empresas a traçarem estratégias mais arrojadas de planejamento de demanda.
A partir do momento em que o influenciador tem o poder de viralizar um produto, independente da estratégia comercial da empresa, cabe ao setor de supply chain redefinir sua cadeia de suprimentos de ponta a ponta, acompanhando em tempo real a evolução do fluxo de demanda. Portanto, a pergunta que os varejistas precisam se fazer é: sua empresa está preparada para se tornar um viral?
Segundo a GP Bullhound Global Insights, o mercado digital deve atingir US$ 3,8 trilhões até 2030. Atualmente, o Brasil possui 150 milhões de usuários de redes sociais e 43% já realizaram compras on-line devido à influência de uma celebridade ou influencer. Diante desse cenário, Camila Affonso, sócia na Massimo Consulting e especialista no segmento de varejo, aponta importantes estratégias que as empresas precisam adotar para evitar risco de ruptura da cadeia de suprimentos e, consequentemente, atrasos no atendimento da demanda e insatisfação dos clientes.
Antecipação de Demanda:
O supply chain necessita de maior agilidade e responsividade. Nesse sentido, a antecipação de demanda precisa ser feita através de soluções de planejamento integrado de negócios que envolvem Inteligência Artificial e Machine Learning. O monitoramento precisa ser baseado em dados de redes sociais, em tempo real, através de KPIs de menções e engajamento de todas as mídias de forma síncrona.
Automatização dos Centros de Distribuição
As empresas precisam implementar processos mais automatizados dentro do centro de distribuição para aumentar a agilidade de cumprimento da demanda, dentre as possibilidades está a adesão de robôs e máquinas de separação, capazes de lidar com uma gama extensa de produtos e tipos de remessas com o mínimo de erro possível. Outra tendência para o segmento de varejo é o de RFID (Identificação por Radiofrequência) para integração de estoque das vendas físicas e online no varejo omnichannel.
Estoques de segurança
O correto dimensionamento do estoque de segurança é fundamental para que a marca consiga atender a um pico de demanda inesperado – uma viralização de um influencer, por exemplo – sem onerar demais o custo. Para isso, é necessário realizar análises de mercado precisas, considerando ainda as regiões atendidas por cada centro de distribuição.
Atualmente, as empresas não podem considerar monitorar apenas um único público-alvo, mas é preciso estar atento a diversos grupos e nichos, assim como todas as redes sociais. O universo de influenciadores digitais tem movimentado o varejo de forma suntuosa e o poder de engajamento que eles geram, muitas vezes, é surpreendentemente maior do que muitas campanhas de marketing de grandes marcas. Por isso, Integração de vendas, Automação, Modelagens Matemáticas com base em Machine Learning são palavras de ordem no mercado contemporâneo.
Fonte: Varejo SA
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